Anarquismo à Moda Antiga: Uma Defesa da Liberdade e da Igualdade por Edgar Rodrigues
O anarquismo, muitas vezes mal compreendido e distorcido, é frequentemente associado ao caos, à desordem e à violência. No entanto, como Edgar Rodrigues destaca em seu texto Anarquismo à Moda Antiga, essa visão é fruto de uma profunda ignorância e de uma campanha de desinformação que busca descredibilizar uma das filosofias mais humanistas e igualitárias já concebidas. O anarquismo não é uma utopia ingênua, nem uma catástrofe iminente; é uma proposta concreta de organização social baseada na liberdade, na solidariedade e na igualdade.
A Distorção do Anarquismo
Rodrigues começa seu texto destacando como o termo "anarquia" soa aos ouvidos da maioria das pessoas como algo negativo, associado ao caos e à desordem. Essa visão distorcida é perpetuada por aqueles que nunca se deram ao trabalho de estudar o anarquismo, mas que, mesmo assim, se sentem no direito de criticá-lo. São adversários e inimigos à esquerda, à direita e ao centro, que repetem clichês colhidos em dicionários, enciclopédias e relatos policiais, sem jamais terem lido as obras dos anarquistas ou compreendido suas ideias.
Essa distorção é tão profunda que o termo "anarquista" é frequentemente usado como sinônimo de amante da violência ou inimigo da sociedade. Para os mais generosos, o anarquista é visto como um visionário sonhador, mas mesmo essa visão é limitada e não captura a essência do anarquismo como uma filosofia de emancipação humana e igualdade social.
O Anarquista como Ser Humano
Lembrar que muitos anarquistas sofreram perseguições, prisões e até a morte por suas convicções. Nos Estados Unidos, Sacco e Vanzetti foram executados; na Rússia, Sonya Byron e Lídia Neve foram perseguidos; na Espanha, centenas de anarquistas foram mortos durante a Guerra Civil; no Brasil, figuras como Polinice Matos, Pedro A. Mota e Nicolau Parada foram presos e torturados; e em Portugal, Arnaldo Simões Januário e Mário Castelhano enfrentaram a repressão do Estado.
Apesar disso, pouca gente se dá ao trabalho de conhecer o anarquista como ser humano, de investigar suas convicções ideológicas e as ideias que defende. O anarquismo é uma filosofia profundamente humanista, que busca a emancipação de todos os seres humanos, independentemente de sua idade, sexo, raça ou cor.
A Sociedade Mercantilista e a Desigualdade
Rodrigues critica a sociedade mercantilista em que vivemos, onde o homem é o maior inimigo do homem. Nessa sociedade, há gente demasiadamente rica e gente morrendo de fome, governos que gastam fortunas em armas enquanto o povo sofre, e uma tecnologia avançada que é incapaz de construir a felicidade humana. O anarquismo se opõe a essa sociedade, propondo uma alternativa que apavora as camadas mais perniciosas da nação, especialmente aquelas que detêm o poder político, militar, econômico, financeiro e religioso.
A Filosofia do Anarquismo
O anarquismo se afirma no apoio mútuo e na solidariedade humana. É uma doutrina que busca uma nova ordem social de liberdade plena, onde as riquezas naturais e as resultantes do trabalho manual e intelectual sejam compartilhadas por todos, satisfazendo as necessidades de cada indivíduo. O anarquismo não é discriminatório; é uma ideologia do ser humano, que propõe a substituição da organização regulamentada por cercas jurídicas por uma organização voluntária, baseada no livre acordo e na afinidade.
Rodrigues destaca que o anarquismo rejeita a ideia de que o homem precisa ser governado ou explorado para ser cumpridor de seus deveres. Ele repele o conceito condicionado de que a liberdade de um indivíduo termina onde começa a do semelhante, como se todos os seres humanos tivessem necessidade de ser controlados e pressionados. O anarquismo defende que a inteligência, a razão e a vontade de ser livre são patrimônios públicos de todos, tão necessários quanto a luz e o ar que respiramos.
A Educação e a Liberdade
O anarquismo propõe uma nova educação, onde o acesso à liberdade e ao conhecimento seja um direito de todos. Rodrigues argumenta que todos nós, querendo ou não, somos um pouco anarquistas, pois o desejo de liberdade e igualdade é inerente ao ser humano. O anarquismo não se fecha em um esquema pré-estabelecido; ele é a própria vida, que vai até onde o sentido da liberdade e da responsabilidade possa conduzir.
Conclusão: A Liberdade Plena e a Responsabilidade
O anarquismo é a filosofia da humanidade, uma proposta de organização social baseada na liberdade plena e na responsabilidade. Ele se opõe a todas as formas de dominação, exploração e desigualdade, defendendo uma sociedade onde todos possam viver com dignidade e autonomia. Como Rodrigues destaca, o anarquismo não é uma utopia irrealizável, mas uma proposta concreta de transformação social, que busca a emancipação de todos os seres humanos.
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