Trabalho não é mercadoria: desmontando as ilusões do capitalismo

O capitalismo nos faz acreditar que vendemos nosso trabalho, mas isso é uma ilusão. O que realmente está em jogo é a venda da nossa força de trabalho, a capacidade de produzir, que temporariamente passa a pertencer ao patrão. Essa distinção é essencial para entender a exploração capitalista e a forma como somos condicionados a aceitar as regras do jogo.

Publicado em 20/03/2014

Classes Sociais: Uma Análise Marxista

No contexto da concepção materialista da história, as classes sociais são um conceito central para entender como as sociedades humanas se organizam e se reproduzem ao longo do tempo. O que são as classes sociais, como elas surgem e qual o seu papel nas diferentes formas de organização social. É importante destacar que este texto não abordará classes específicas, como burguesia, proletariado, escravos ou servos, nem tratará da luta de classes.

Publicado em 07/02/2014

Anarquismo: Uma Introdução à História e às Correntes de Pensamento

O anarquismo é uma ideologia difícil de definir, pois suas raízes estão espalhadas por diversos movimentos ao longo da história, desde os taoístas na China Antiga até as experiências contemporâneas de autogestão no Curdistão sírio. Em essência, o anarquismo representa uma oposição universal a todas as formas de autoridade coercitiva — política, econômica e social — ao mesmo tempo que afirma a liberdade e a igualdade em todas as esferas da existência humana.

Embora o termo tenha sido historicamente usado de forma pejorativa, no final do século XVIII William Godwin foi um dos primeiros a definir o anarquismo como uma ideologia política distinta. Durante o século XIX, o pensamento anarquista se expandiu e ganhou relevância, acompanhando o crescimento dos movimentos operários e socialistas.

Publicado em 29/12/2013

1º de Maio: A Ironia de um Feriado Cooptado, Nascido do Sangue Anarquista

O 1º de Maio, hoje reduzido a um feriado domesticado por governos e sindicatos institucionais, carrega em suas raízes um levante anarquista e insurrecional. A data, celebrada globalmente como "Dia do Trabalho", não nasceu de decretos ou acordos políticos, mas das ruas de Chicago, onde trabalhadores armados de faixas e sonhos libertários desafiaram o capital em 1886. A história oficial apaga, mas nós lembramos: o 1º de Maio é filho da bomba de Haymarket, da traição do Estado e do sangue dos mártires que ousaram lutar por "8 horas para viver, 8 horas para dormir, 8 horas para o que quisermos".

Publicado em 21/11/2013

Contrato Social: Pacto ou Prisão?

Desde Hobbes até Rousseau, passando por Locke e Rawls, a teoria do Contrato Social tem sido utilizada para justificar a existência do Estado e das estruturas de poder. Mas será que esse "contrato" realmente foi assinado por todos? Ou ele serve apenas para legitimar a submissão e a exploração?

A ideia central do Contrato Social é que os indivíduos, ao abrirem mão de parte de sua liberdade, ganham em troca segurança e ordem. Mas o que acontece quando esse contrato não é justo, quando beneficia apenas uma elite e impõe obediência forçada à maioria?

Publicado em 15/10/2013

A Força de Trabalho: A Mercadoria Mais Singular do Capitalismo

No coração do sistema capitalista, há uma mercadoria que não se parece com nenhuma outra: a força de trabalho. À primeira vista, pode parecer um conceito simples, mas, como Marx demonstrou, ele é um dos mais complexos e revolucionários de sua crítica à economia política. A força de trabalho não é apenas uma mercadoria; é a chave para entender como o capitalismo funciona, como o valor é produzido e como a exploração se sustenta.

Publicado em 09/09/2013

Milícias em uma Sociedade Anarquista: Autodefesa, Não Dominação

No imaginário de muitas pessoas, qualquer forma de organização armada traz o risco de uma nova estrutura de domínio e poder coercitivo. Essa preocupação se justifica em um mundo onde a violência institucionalizada sempre foi um dos pilares do Estado e do capitalismo. No entanto, dentro de uma sociedade anarquista, a existência de milícias não seria um caminho para a retomada do poder, pois o conceito de poder nesse contexto é radicalmente diferente.

Para entender por que isso seria improvável em um modelo anarquista, é preciso analisar os princípios estruturais e éticos que sustentariam essa sociedade.

Publicado em 05/08/2013

O Eu Contra Si Mesmo: A Luta Interna e a Sociedade do Controle

O eu está sempre em guerra consigo mesmo. Essa é a condição fundamental da existência humana: o conflito interno, a tensão entre desejo e repressão, entre impulso e ideal, entre aquilo que queremos e aquilo que nos é imposto. A ideia de um eu unificado, coerente, que caminha sempre ao lado de si mesmo, não passa de uma ficção conveniente, uma ilusão imposta pelo discurso dominante.

Publicado em 03/07/2013

Como Seria uma Sociedade Anarquista na Prática?

Falar de anarquismo sempre causa um certo impacto. Para muita gente, a ideia de uma sociedade sem governo soa como caos absoluto, mas isso só acontece porque fomos condicionados a pensar que a única forma de organização possível é aquela baseada em hierarquias rígidas e instituições centralizadoras. No entanto, a história e a teoria anarquista mostram que existe outro caminho.

Publicado em 01/06/2013

A Hegemonia Cultural: Como o Capitalismo Nos Convence a Nos Explorar

Quem decide o que aprendemos na escola? Quem definiu que nos Estados Unidos só existem dois partidos "opostos", mas que no fundo servem aos mesmos interesses? Quem resolveu que Cristóvão Colombo, um colonizador genocida, deveria ser celebrado? E quando se tornou um sacrilégio ajoelhar-se durante o hino nacional para protestar contra a violência estatal?

Essas perguntas não são triviais. Suas respostas revelam os valores que foram impostos pela classe dominante, que nos doutrina desde a infância a aceitar o sistema como "natural" e "inevitável". Esse fenômeno tem nome: hegemonia cultural.

Publicado em 02/05/2013