A Crítica do Século XX e os Novos Commons

A falência absoluta dos projetos de esquerda do século XX — do comunismo estatal ao keynesianismo, passando pela democracia local comunitária — não foi um acidente histórico. Ela se explica pela contradição estrutural entre hierarquia e emancipação. O comunismo degenerou em capitalismo de Estado; o welfare state dependia da força fiscal de nações que foram desmanteladas pelo mercado global; e a democracia local, embora bem-intencionada, revelou-se impotente diante da escala planetária do capital.

Publicado em 12/01/2015

Anarquismo: Uma Introdução à História e às Correntes de Pensamento

O anarquismo é uma ideologia difícil de definir, pois suas raízes estão espalhadas por diversos movimentos ao longo da história, desde os taoístas na China Antiga até as experiências contemporâneas de autogestão no Curdistão sírio. Em essência, o anarquismo representa uma oposição universal a todas as formas de autoridade coercitiva — política, econômica e social — ao mesmo tempo que afirma a liberdade e a igualdade em todas as esferas da existência humana.

Embora o termo tenha sido historicamente usado de forma pejorativa, no final do século XVIII William Godwin foi um dos primeiros a definir o anarquismo como uma ideologia política distinta. Durante o século XIX, o pensamento anarquista se expandiu e ganhou relevância, acompanhando o crescimento dos movimentos operários e socialistas.

Publicado em 29/12/2013

Contrato Social: Pacto ou Prisão?

Desde Hobbes até Rousseau, passando por Locke e Rawls, a teoria do Contrato Social tem sido utilizada para justificar a existência do Estado e das estruturas de poder. Mas será que esse "contrato" realmente foi assinado por todos? Ou ele serve apenas para legitimar a submissão e a exploração?

A ideia central do Contrato Social é que os indivíduos, ao abrirem mão de parte de sua liberdade, ganham em troca segurança e ordem. Mas o que acontece quando esse contrato não é justo, quando beneficia apenas uma elite e impõe obediência forçada à maioria?

Publicado em 15/10/2013

Igreja e Estado: Os Alicerces da Opressão Segundo Bakunin

Mikhail Bakunin, um dos mais influentes teóricos do anarquismo, não economizou palavras ao denunciar a aliança entre Igreja e Estado como os principais pilares da dominação sobre a humanidade. Para ele, ambas as instituições não passam de abstrações criadas para mascarar o verdadeiro objetivo: manter o controle sobre a sociedade, perpetuar a desigualdade e impedir qualquer possibilidade de emancipação real.

Em tempos em que o poder do Estado se fortalece sob justificativas democráticas e a Igreja se reinventa para continuar influenciando a moral social, a crítica de Bakunin permanece mais atual do que nunca.

Publicado em 22/12/2012

Sexo, Repressão e Capitalismo: Quem Tem Medo do Desejo?

Vivemos numa sociedade que insiste em transformar o sexo num tabu, numa coisa suja, num produto a ser escondido e vendido ao mesmo tempo. O capitalismo sequestra nosso desejo e nos empurra para um consumo compulsivo de pornografia enquanto demoniza a sexualidade real, espontânea, libertária. Mas por quê?

Publicado em 10/11/2012

Mikhail Bakunin: O Anarquista Incendiário Que Enfrentou o Estado

Mikhail Bakunin não foi apenas um pensador revolucionário, mas um verdadeiro incendiário das estruturas autoritárias. Figura central no anarquismo do século XIX, sua trajetória é marcada pela insurreição, pela prisão e pelo embate ferrenho contra os pilares do poder.

Publicado em 15/09/2012

Os 5 Princípios Básicos do Anarquismo: A Espinha Dorsal da Luta

O anarquismo, há tempos, é alvo de distorções e caricaturas que o reduzem ao caos e à violência. Mas quem se propõe a estudá-lo de verdade percebe que ele é uma filosofia política profundamente estruturada, com princípios que orientam a luta por uma sociedade livre, igualitária e solidária. Neste texto, vamos explorar cinco pilares essenciais do anarquismo, sua importância e como eles moldam a prática anarquista.

Publicado em 01/09/2012