O amor materno, essa ideia romantizada e vendida como um instinto natural, é na verdade um construto social que reflete a necessidade do capitalismo de manter corpos produtivos e reprodutivos em ordem. Desde cedo, a mulher é condicionada a acreditar que seu papel primordial é gestar, nutrir e proteger. Mas o que acontece quando essa narrativa não se sustenta?
A ideia de que um local de trabalho precisa de um chefe para funcionar é um mito profundamente enraizado na sociedade capitalista. Mas será que realmente precisamos de uma estrutura hierárquica para que as coisas sejam feitas? A resposta do anarquismo é um enfático "não". Em vez disso, propomos um modelo de democracia no local de trabalho, onde as decisões são tomadas coletivamente pelos próprios trabalhadores. Vamos entender como isso funciona na prática.
O conceito de capital é um dos pilares centrais da obra de Karl Marx, especialmente em O Capital. No entanto, ele é frequentemente mal compreendido ou reduzido a ideias simplistas, como "capital é dinheiro" ou "capital são máquinas e prédios". Neste texto, vamos explorar o que Marx realmente entende por capital, utilizando trechos do Capítulo 4 de O Capital, onde ele discute a forma geral do capital e o processo de valorização do valor.
O capitalismo nos faz acreditar que vendemos nosso trabalho, mas isso é uma ilusão. O que realmente está em jogo é a venda da nossa força de trabalho, a capacidade de produzir, que temporariamente passa a pertencer ao patrão. Essa distinção é essencial para entender a exploração capitalista e a forma como somos condicionados a aceitar as regras do jogo.
No contexto da concepção materialista da história, as classes sociais são um conceito central para entender como as sociedades humanas se organizam e se reproduzem ao longo do tempo. O que são as classes sociais, como elas surgem e qual o seu papel nas diferentes formas de organização social. É importante destacar que este texto não abordará classes específicas, como burguesia, proletariado, escravos ou servos, nem tratará da luta de classes.
No coração do sistema capitalista, há uma mercadoria que não se parece com nenhuma outra: a força de trabalho. À primeira vista, pode parecer um conceito simples, mas, como Marx demonstrou, ele é um dos mais complexos e revolucionários de sua crítica à economia política. A força de trabalho não é apenas uma mercadoria; é a chave para entender como o capitalismo funciona, como o valor é produzido e como a exploração se sustenta.
No imaginário de muitas pessoas, qualquer forma de organização armada traz o risco de uma nova estrutura de domínio e poder coercitivo. Essa preocupação se justifica em um mundo onde a violência institucionalizada sempre foi um dos pilares do Estado e do capitalismo. No entanto, dentro de uma sociedade anarquista, a existência de milícias não seria um caminho para a retomada do poder, pois o conceito de poder nesse contexto é radicalmente diferente.
Para entender por que isso seria improvável em um modelo anarquista, é preciso analisar os princípios estruturais e éticos que sustentariam essa sociedade.
O eu está sempre em guerra consigo mesmo. Essa é a condição fundamental da existência humana: o conflito interno, a tensão entre desejo e repressão, entre impulso e ideal, entre aquilo que queremos e aquilo que nos é imposto. A ideia de um eu unificado, coerente, que caminha sempre ao lado de si mesmo, não passa de uma ficção conveniente, uma ilusão imposta pelo discurso dominante.
Quem decide o que aprendemos na escola? Quem definiu que nos Estados Unidos só existem dois partidos "opostos", mas que no fundo servem aos mesmos interesses? Quem resolveu que Cristóvão Colombo, um colonizador genocida, deveria ser celebrado? E quando se tornou um sacrilégio ajoelhar-se durante o hino nacional para protestar contra a violência estatal?
Essas perguntas não são triviais. Suas respostas revelam os valores que foram impostos pela classe dominante, que nos doutrina desde a infância a aceitar o sistema como "natural" e "inevitável". Esse fenômeno tem nome: hegemonia cultural.