A discussão sobre hierarquia é uma das mais recorrentes dentro do debate político e filosófico. Definir anarquismo como a oposição a todas as estruturas de poder hierárquicas inevitavelmente levanta questões sobre o que significa "hierarquia" e se essa oposição é justificada. Além disso, há o discurso popularizado por figuras como Jordan Peterson, que defendem a hierarquia como algo natural e inevitável.
O anarquismo não é só um conjunto de ideias, mas uma prática de transformação do mundo. É um movimento político que busca construir uma sociedade baseada na liberdade, na igualdade e na solidariedade, sem coerção e dominação. Diferente do que muita gente pensa, o anarquismo não é sinônimo de caos – pelo contrário, é uma organização social baseada na autogestão e na cooperação voluntária.
Mikhail Bakunin não foi apenas um pensador revolucionário, mas um verdadeiro incendiário das estruturas autoritárias. Figura central no anarquismo do século XIX, sua trajetória é marcada pela insurreição, pela prisão e pelo embate ferrenho contra os pilares do poder.
O anarquismo, há tempos, é alvo de distorções e caricaturas que o reduzem ao caos e à violência. Mas quem se propõe a estudá-lo de verdade percebe que ele é uma filosofia política profundamente estruturada, com princípios que orientam a luta por uma sociedade livre, igualitária e solidária. Neste texto, vamos explorar cinco pilares essenciais do anarquismo, sua importância e como eles moldam a prática anarquista.