A religião é um fenômeno quase universal na história humana, presente em praticamente todas as culturas e sociedades. No entanto, uma minoria significativa de pessoas — os ateus — não sente a necessidade de acreditar em um Deus tradicional ou em qualquer força sobrenatural que explique a origem do universo. Por que essa diferença? Seriam os ateus mais inteligentes, mais esclarecidos ou psicologicamente mais maduros? Ou há algo mais profundo, talvez biológico, que explica essa divergência? Morton Hunt, em seu texto As Raízes Biológicas da Religião, explora essas questões, oferecendo uma análise fascinante sobre as origens evolutivas da religião e as possíveis razões pelas quais os ateus são diferentes da maioria da humanidade.
A tradição filosófica dominante na Europa até o início da modernidade estava profundamente enraizada na ideia de um mundo além do sensível, um reino de essências imutáveis e substâncias eternas que seriam os verdadeiros objetos do conhecimento. Nessa visão, o movimento e a transformação no mundo fenomênico eram vistos como meras aparências ou como parte de um ciclo predeterminado que não afetava o ser das coisas, sempre idêntico a si mesmo. Essa perspectiva estática começou a ser desafiada com o advento de formas mais dinâmicas de entender a realidade, culminando na filosofia idealista de Hegel.
Dentro da tradição marxista, os conceitos de relações de produção e forças produtivas são essenciais para compreender a dinâmica histórica e material da sociedade. A confusão comum é tratar esses conceitos como elementos abstratos ou predeterminados, mas a perspectiva materialista da história, tal como formulada por Karl Marx, indica que eles devem ser analisados dentro de cada contexto social específico.
Friedrich Engels escreveu A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado baseado nas notas de Karl Marx sobre os estudos antropológicos de Lewis H. Morgan. O livro traça a evolução histórica das estruturas familiares, o surgimento da propriedade privada e a consolidação do Estado como aparato de dominação de classe. Para os anarquistas, essa obra é fundamental — não por acaso, pensadores como Piotr Kropotkin e Mikhail Bakunin já haviam chegado a conclusões semelhantes sobre a natureza coercitiva do Estado e da propriedade.
O fascismo não morreu. Ele apenas se metamorfoseou — trocou as botas militares por ternos de grife, substituiu os discursos inflamados em praça pública por algoritmos de redes sociais e think tanks financiados por bilionários. Mas sua essência permanece a mesma: o culto à autoridade, o ódio à liberdade e a obsessão por controlar os corpos e as mentes.
Umberto Eco, em O Fascismo Eterno, nos oferece uma bússola para navegar esse pesadelo político. Não se trata apenas de lembrar Mussolini ou Hitler, mas de reconhecer os traços do fascismo em qualquer época, em qualquer lugar — inclusive no presente. Como anarquistas, sabemos que o Estado, o capital e a hierarquia são os pilares que sustentam essa máquina de opressão. E, como diria Malatesta, o fascismo é a face mais brutal do Estado quando ele se sente ameaçado.
Abaixo, desmontamos as 14 características do Ur-Fascismo, não como um exercício acadêmico, mas como um manual de sobrevivência. Porque, como bem lembrava Lucy Parsons: "Nunca implore por justiça. Pegue-a."
Napoleão Bonaparte já dizia que a religião é excelente para manter as pessoas comuns quietas, pois impede os pobres de matarem os ricos. A religião não é apenas um conjunto de crenças espirituais, mas um sistema de controle que perpetua desigualdades, condiciona mentalidades e garante a submissão das massas. Sua função primordial é servir à ordem estabelecida, anestesiando os explorados com promessas vazias e normas morais imutáveis.